Apresentação no VMware Forum 2014



Mais uma vez foi uma honra poder representar a EMC e fazer uma apresentação no VMware Forum desse ano. Foi também um desafio fazer essa apresentação para toda a plenária, logo na sequência do keynote no Chris Wolf (CTO da VMware).

Para aqueles que não conseguiram ir no VMware Forum desse ano:

A mensagem da VMware foi sobre transformação e flexibilização da TI (Liquid IT) e como o Software-Defined Datacenter pode ajudar a TI moderna a se adaptar e responder mais rapidamente as necessidades do negócio.

Por coincidência  - para aqueles que acreditam que isso existe :) - eu falei sobre como a 3a plataforma tem transformado o negócio das empresas (Software-Defined Enterprises), o desafio da TI em acompanhar a velocidade com que as áreas de negócio estão mudando e a oportunidade da TI ser um agente de inovação para a empresa.

Por fim, expliquei como as empresas podem usar a Nuvem Hibrida para vencer alguns desses desafios e como o EHC (EMC Hybrid Cloud) pode ser usado para evitar que as empresas caiam em armadilhas comuns em implementações de Cloud, como essas aqui.

Essa foi a apresentação que eu usei:


Infelizmente não posso compartilhar abertamente a demonstração feita pelo Marcelo Vieira, mas quem quiser ver algumas demos muito legais, basta acessar aqui.

Openstack e a Federação

Normalmente meus posts são focados em conceitos, novas arquiteturas e desenhos de soluções. Entretanto com o crescente interesse das empresas pelo Openstack, achei importante compartilhar com vocês o que a FEDERAÇÃO tem feito nessa área (Ainda não conhece a Federação? Veja mais aqui: http://www.emcfederation.com/). Tenho certeza que as informações aqui podem ser úteis para quem está avaliando ou implementando o Openstack.

Em um resumo rápido: O Openstack tem ganhado atenção do mercado pela grande capacidade de integração (APIs flexíveis); grande variedade de distribuições (não trava a empresa com um único fornecedor de solução) e por ter um custo, em geral, menor que outras soluções de Cloud – mas cuidado: software-livre NÃO é sinônimo de software grátis e o Openstack possui custos de licença que variam de acordo com a distribuição escolhida. 

O principal ponto fraco do Openstack é a complexidade de implementação e seu elevado custo de manutenção (equipes treinadas, maior overhead administrativo). Por isso, em implementações de Openstack as empresas têm que buscar soluções para diminuir o chamado “time-to-value”, reduzindo custos e complexidade para implementar e manter uma solução de Openstack:




E como a Federação pode ajudar?!

1. Criação de PaaS utilizado uma nuvem Openstack (ou outras nuvens privadas e públicas) com o Pivotal Cloud Foundry. 

Como o Openstack é focado em IaaS, o Pivotal CF consegue agregar de forma simples e flexível, funcionalidades de PaaS a sua nuvem: http://www.pivotal.io/platform-as-a-service/pivotal-cf



2. Distribuição Openstack pela VMware (ainda em roadmap, mais informações aqui: http://www.vmware.com/products/openstack

Mas como assim a VMware tem uma distribuição de Openstack? Competindo com seu stack de Cloud (vCloud Suite/vRealize)??? 

Uma das maiores preocupações dos clientes e que tem levado ao crescimento do Openstack é o famoso “vendor lock-in”, ou seja, o cliente fica amarrado a um determinado fornecedor. Por isso, ao lançar uma distribuição própria de Openstack, a VMware garante aos clientes uma solução Openstack totalmente integrada com o restante de seu portfólio com fácil implementação e suporte, porém tornando possível uma migração para outra distribuição Openstack se o cliente quiser. 



3. Fornecimento da camada de SDC e SDN (Software-Defined Compute e Network) para implementações de Openstack, através das APIs (GRÁTIS) do VMware vCenter e NSX. 




4. Fornecimento de integração entre o CINDER e todos os storages da EMC através de APIs - GRÁTIS em https://github.com/emc-openstack. Ou ainda criação de uma infraestrutura de SDS (Software-Defined Storage) utilizando storages novos ou já existentes, da EMC ou de terceiros por meio do ViPR Controller. Quer ver na prática como uma solução de SDS pode ajudar sua implementação de Openstack? Baixe e use o ViPR em ambientes não-produtivo sem nenhum custo: http://www.emc.com/getvipr



5. O ViPR pode ainda substituir o SWIFT com a vantagem de poder usar hardware commodity ou storages especializados e prover APIs de comunicação com outros tipos de object storage, como o S3. 



6. Criação de toda a infra, de ponta-a-ponta para ambientes de Openstack, por meio de arquiteturas de referência ou arquiteturas totalmente integradas como o EHC: https://community.emc.com/docs/DOC-28790




Por quê tantos projetos de Cloud falham?


O Gartner representa o ciclo de adoção de uma nova tecnologia utilizando o “Hype Cycle” da figura abaixo.

Se tivéssemos que colocar um ponto nesse gráfico para representar Cloud Computing, eu diria que estamos no “Vale das Desilusões”. A grande maioria das empresas que eu converso está presa em um projeto de Cloud Computing, que outrora prometia ser o Nirvana da TI (Pico de Expectativas Infladas) e que agora é um projeto demorado, custoso e de resultados duvidosos.


Mas nem tudo está perdido! Se seguirmos o gráfico, vamos chegar no Platô da Produtividade! Mas é claro que antes temos que passar pelo Aclive do Esclarecimento e para isso é essencial entender porque tantas empresas tem dificuldades em implementar Cloud Computing!

Para começar, muitas vezes o próprio objetivo não está claro. Projetos de Cloud devem existir com um objetivo claro e específico, em geral aumentar a agilidade da TI para o usuário final, o usuário das áreas de negócio, das áreas clientes da TI! Claro que outros objetivos secundários podem existir, como: redução de custos; garantir transparência financeira; aumentar a confiabilidade, entre outros. Mas todos devem estar claros e com métricas de sucesso bem estabelecidas.

Outros motivos também comumente encontrados incluem:

1. Foco apenas em uma das camadas, em geral na parte de servidores ou máquinas virtuais: Como Cloud tem uma ligação grande com virtualização, é comum que o time responsável por esta área acabe liderando o projeto de Cloud. Isso faz com que o projeto não tenha força para cobrir outras áreas, como storage ou rede e faz com que sua abrangência fique limitada!

Exemplo: empresas criam portal de Cloud que consegue fazer o deploy automatizado de uma VM, mas todos os demais processos, como criação de rede, regras de firewall, storage, monitoração, entre outros continuem sendo feito de forma manual.

Resultado: Para o cliente da TI, que precisa de toda a infraestrutura e não apenas de uma máquina virtual, o resultado do projeto de Cloud é de pouca ou nenhuma relevância, já que não diminui o tempo total de provisionamento, e nem aumenta a agilidade.



2. Achar que cloud é apenas como produto: Claro que uma boa solução técnica ajuda e muito, mas está longe de ser suficiente. Cloud é um conjunto de 3 Ps – Produto, Pessoas e Processos. Sem as pessoas com o conhecimento certo nas posições certas e sem um processo ajustado, o ganho com projetos de Cloud será sempre limitado.

Exemplo: Empresas com processos que incluem controle de endereços IPs via planilha, atualizações manual de DNS, ou longos processos de aprovação que exigem questionários sofisticados mesmo para mudanças mais simples.

Resultado: A empresa passa meses – talvez anos – tentando customizar produtos para aderir aos seus processos e no final descobre que, assim como no item anterior, o projeto não cumpre seu objetivo de aumentar a agilidade para o usuário.


3. Montagem errada do catálogo de serviço: Catálogo de serviço não é algo novo ou algo exclusivo de Cloud, mas esse é um item tão importante, que eu preciso subdividir em 2 categorias:

a. Empresas que ainda não tem um catálogo formal estabelecido. Trabalham sempre para atender a última demanda do usuário, e cada requisição é algo customizado. Imaginem um restaurante se cada cliente que entrasse pedisse um prato que ele inventou... parece um exemplo ridículo, mas muitas vezes a relação entre TI e usuários ocorre dessa forma! Como consequência, o time da cozinha fica sobrecarregado, e um prato que demoraria 15 minutos para sair, leva 8 horas... :)

b. Empresas que tem um catálogo, mas que não sabem a aderência dos itens desse catálogo a uma arquitetura de Cloud. Quão pedido é um item do catálogo e quão fácil é automatizá-lo são perguntas essenciais que precisam ser respondidas! Por exemplo, será que compensa gastar meses desenvolvendo um fluxo de automação para provisionar uma LPAR, sendo que TI recebe 1 ou 2 requisições desse tipo no ano? O gráfico abaixo dá uma sugestão de como as empresas deveriam decidir quais produtos do catálogo serão migradas para Cloud.


4. Complexidade da infraestrutura: Por diversos fatores as empresas chegam a uma infraestrutura de TI complexa, com diversos fornecedores e produtos diferentes. Esse modelo cobra o seu preço, quando precisamos inseri-lo dentro de uma arquitetura de cloud que precisa ser ágil e automatizada. Muitas vendors de cloud, colocam em suas apresentações slides maravilhosos, aonde a solução deles consegue se conectar a tudo e automatizar tudo. Mas enquanto não inventam uma ferramenta que transforme PPT em realidade as empresas que adquirem essas ferramentas descobrem que ainda precisam investir centenas ou milhares de horas de consultoria e de funcionários para poder criar os fluxos que irão conseguir automatizar a sua infraestrutura complexa... e muitas vezes o resultado é frustrante.
Aqui é onde cloud se conecta com outro termo que tem ganhando muita força: SDDC (Software-Defined Data Center), que através da abstração do plano de controle promete habilitar uma gestão mais simples de todos os principais componentes do data center (servidores, rede e armazenamento), mas isso é assunto para outro dia.




VMware EVO:RAIL - Perguntas e respostas

A VMware anunciou no VMworld 2014 uma nova família de produtos: VMware EVO – se alguém estiver curioso, esse nome vem de EVOlutionary :). Essa nova família possui 2 integrantes: EVO:RAIL (oficialmente lançado) e EVO:RACK (ainda em Tech Preview e por isso não vou falar dele por hora, mas pensem no EVO:RAIL em uma escala muito maior).

Mas o que afinal é o EVO:RAIL? Tecnicamente falando é um pacote de software disponível apenas para parceiros OEM da VMware. Esse pacote é composto basicamente pelo velho e bom vSphere (vCenter e ESX) com o VSAN para a parte de armazenamento (Software-Defined Storage) e uma capa de gerenciamento desenvolvida especialmente para o EVO:RAIL. Caberá aos parceiros OEM (dentre eles a EMC), criar suas ofertas de appliances (Hardware e Software combinados) que serão então comercializados para as demais empresas.

Na prática é a possibilidade dos nossos clientes terem um “one stop shop” para construir uma infra-estrutura hiper-convergente extremamente simples e rápida para ser implementada e operada.

Produtos baseados no EVO:RAIL terão especificações relativamente rígidas, começando com um appliance de 2U e 4 servidores, como esse da EMC na figura abaixo:



Notem que, como uma solução hiper-convergente, não há caixas separadas para armazenamento e processamento. O EVO:RAIL utilizará, através do VSAN, discos internos dos próprios servidores. Mais informações aqui e aqui.


Vamos agora ao momento FAQ do Blog:

P: A EMC vai entrar no mercado de servidores?
R: Essa talvez seja a perguntas mais difícil de responder e depende um pouco do ponto de vista. Vou tentar ser o mais claro possível e deixo para vocês a resposta final: A EMC não terá uma linha de servidores para uso geral, mas irá vender appliances que são servidores x86 baseados na arquitetura que desenvolvemos e que é utilizada também para outros produtos (como o ECS) em conjunto com o pacote de software VMware EVO:RAIL, criando assim um appliance de uso específico. Vale lembrar que infraestruturas convergentes e hiper-convergentes estão diretamente ligadas a estratégia e portfólio de soluções da EMC, por isso podem aguardar um oferta extremamente competitiva!

P: Qual o diferencial da EMC em relação aos demais vendors?
R: Como o produto não está “GA” (General Available), não posso passar a lista final, mas eu esperaria como principais pontos de diferenciação:
  • Integração com o suporte premium da EMC, cobrindo TODOS os componentes da solução (hardware e software), inclusive com notificação automática e pró-ativa de falhas de componentes:
  • Integração nativa com outros soluções EMC, como RecoverPoint para replicação e Avamar para backup.


P: Já está disponível para compra?
R: Ainda não. Em breve... :)

P: Posso comprar o appliance direto da VMware?
R: Não. Apenas os parceiros OEM da VMware poderão vender os appliances com o EVO:RAIL.

P: Isso não vai competir com outras ofertas, como VCE Vblock ou mesmo o EMC ScaleIO?
R: Um dos lemas da EMC é dar escolha aos nossos clientes e o EVO:Rail será mais uma escolha dentro do nosso portfólio, junto com soluções como VBLOCK, VSPEX ou mesmo o ViPR ScaleIO. Porém, cada um tem características específicas, com seus pontos fortes de fracos (como detalhados na figura abaixo).



Alguns exemplos práticos:
  • Aplicações que ainda precisam de níveis de performance muito elevados, ou com requerimentos de replicação síncrona, com snaps, clones ou outras estruturas mais complexas para proteção de dados serão melhor atendidas por uma arquitetura como a do Vblock.
  • Clientes que querem usar outros hypervisors ou criar arquiteturas hyper-convergentes sem uma camada de virtualização precisam de soluções com o ScaleIO.
  • Ambientes altamente virtualizados com VMware e com o foco em simplicidade, redução de custo e espaço, a solução baseada em EVO:Rail deverá ser mais interessante.


E é claro que empresas de maior porte podem encontrar espaço para todas as opções acima, cada uma atendendo objetivos específicos de cada áreas ou conjunto de aplicações!

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