Discussão sobre Infraestrutura Convergente



Infraestrutura convergente - ou na sigla em inglês CI (Converged Infrastructure) – tem ganhado interesse do mercado, tanto de fornecedores de soluções quanto de gestores de TI. Uma prova disso é a estimativa do IDC do crescimento vertiginoso desse tipo de solução, formando um mercado de quase 18 bilhões de dólares até o final de 2016. Isso significa que uma parcela significativa da infraestrutura dos datacenters será convergente.








E como todo conceito/termo (relativamente) novo, CI ainda está em formação, evoluindo a cada dia. Além disso, sempre existirão discussões sobre como o produto X ou Y deve ser classificado... haja visto, por exemplo, que há mais de uma década se discute sobre definição de storages highend e midrange :) 

Aviso: a partir daqui é a minha interpretação do que tenho visto no mercado com relação a CI. 

Para começo é preciso saber que existem vários tipos de Infraestrutura Convergente. Da figura abaixo, os 3 tipos de esquerda (em contorno azul) são mais tradicionais/antigas, já mais consolidadas no mercado. As da direita, em cinza, são as mais inovadoras.



A variedade dos tipos de CI, reflete a complexidade das empresas e da TI moderna que precisa suportar diversos tipos de sistemas e aplicações. (sem falar da mudança que TI está sofrendo entre P2 e P3, mas isso é assunto para outro post)

Com isso cada tipo de CI tem seu uso mais indicado, com seus prós e contras.



Além de todos os aspectos mencionados, existem mais 2 pontos importante de serem comentados:

1) Arquiteturas “Hyper-Convergentes”: São arquiteturas que usam caixas (servidores) com camadas de softwares para fornecer os componentes de uma infraestrutura (processamento, armazenamento e rede). A descrição se assemelha ao “Common Modular Building Blocks”, porquê esse tipo de CI demanda uma arquitetura hyper-convergente, mas uma arquitetura hyper-convergente pode existir dentro de outros tipos de CI, como “Integrated Reference Architecture” e “Integrated Infrastructure”. Por isso o modelo hyper-convergente é um sub-tipo para arquitetura de TI. 

2) BYO (Build Your Own) ou Faça Você mesmo é quando a TI decide montar sua própria infraestrutura convergente. Nesse caso, o que o time da TI fez foi montar uma infra tradicional, não-convergente. 
Mas para complicar um pouco mais as coisas: uma empresa não pode montar uma arquitetura BYO hyper-convergente (usando por exemplo, vSphere, ScaleIO ou VSAN e NSX)? Claro que pode, mas não teria nenhum dos aspectos de simplicidade, suporte, etc que eu mencionei assim. Essa arquitetura teria os mesmos prós (total liberdade de escolha e flexibilidade) e contras (alta complexidade operacional) de uma implementação tradicional de infraestrutura. Por isso que eu disse que hyper-convergente é apenas um sub-tipo para arquiteturas de TI e não um modelo de CI. Talvez de arquiteturas “hyper-convergentes” fossem chamadas de arquiteturas “completely software-defined”, teríamos menos confusão de nomes.

Em resumo, CI vai mudar a forma de TI montar sua infraestrutura, é importante entender os modelos, os players (Gartner e IDC já tem estudos sobre o tema) e montar a sua estratégia!



VSPEX Blue


No ano passado eu escrevi aqui sobre o anúncio de arquitetura hyper-convengente da VMware, o EVO:RAIL.

Esse ano, durante do VMware Partner Exchange, a EMC anunciou o VSPEX BLUE. Appliance hyper-convergente baseado na tecnologia do EVO:RAIL. 

O principal valor do VSPEX Blue é a simplicidade! Compra, instalação, operação e suporte são simplificadas ao máximo! Por exemplo, toda a configuração feita através de wizards e em 15 minutos o appliance já está pronto para receber a primeira VM! Isso faz o EVO:RAIL (e por consequência o VSPEX BLUE ideal para pequenas/médias empresas ou para escritórios remotos)



Cada appliance da figura acima tem 2 Us, 4 servidores e discos que são utilizados para criar uma SAN Virtual, comportando aproximadamente 100 VMs (dependendo obviamente do tamanho da VM). Cada cluster pode crescer até 4 appliances (16 servers no total).

Os detalhes de hardware do appliance são muito similares entre todos os fornecedores que seguem a matriz do EVO:RAIL, por isso a EMC investiu em tecnologias de software para diferenciar o VSPEX Blue:

  • Integração ao EMC Secure Remote Services (ESRS). Mesmo sistema utilizado por toda a nossa linha de storage, que permite ao appliance reportar automaticamente falhas e permite ao suporte EMC tomar ações proativas de reparo dos equipamentos. Com base em pesquisa feita com clientes EMC que usam ou não o ESRS, identificou-se que o ESRS aumenta a disponibilidade média dos sistemas em 15%, além de permitir um tempo de resposta do suporte até 5x mais rápido

  • RecoverPoint for VM, totalmente integrado ao kernel no VMware, permite a replicação individualizada de VMs entre localidades distintas e recuperação simplificada das VMs. 

  • Integração com vSphere Data Protection Advanced (VDPA), baseado em tecnologia Avamar, permite backup das VMs e de algumas aplicações utilizando algoritmos de desduplicações extremamente eficientes, podendo utilizar como repositório dos dados um appliance Data Domain local ou remoto. 

  • CloudArray: é a solução da EMC que permite, através de uma camada de cache inteligente, o uso de storage em nuvem (Amazon, Google, Azure, entre outros), como storage tradicional CIFS, NFS ou iSCSI. 

  • VSPEX Blue Marketplace: mesmo conceito de uma Google Play ou Apple App Store. É uma aplicação que permite aos clientes comprarem soluções aderentes do VSPEX Blue, sendo estas da EMC ou de parceiros homologados. 

  • VSPEX Blue Manager: gerenciador que junta tudas as funcionalidades do VSPEX Blue em uma console simples e fácil. 

O resultado fial é esse :) -




Para mais informações, acesse http://www.emc.com/vspex e https://community.emc.com/community/partner/vspex/vspexplus



Se quier saber mais sobre Infraestrutura Convergente, esse post vai te ajudar!