Essa é uma pergunta antiga, em geral associada ao mundo de desenvolvimento de software, quando empresas avaliam se deveriam comprar um novo software de um fornecedor estabelecido no mercado ou desenvolver um novo aplicativo “in-house” (com ou sem o uso de fábricas de software).
Porém, nos últimos meses tenho tido várias conversas com clientes que estão passando pelo mesmo dilema, só que em outras camadas como INFRAESTRUTURA, CLOUD, BIG DATA, etc. Isso acontece pelo crescimento de algumas novas tendências como, por exemplo:
- Adoção de software livre, como o Openstack (mencionado AQUI)
- Crescimento de arquiteturas Convergentes (discutido AQUI)
- Uso de tecnologias de virtualização de outros componentes da infraestrutura, como rede e storage. (Openvswitch, NSX, ScaleIO, Cepth, ECS, etc) (mencionado AQUI)
Mas qual caminho seguir?
O lado do “faça você mesmo”, significa adotar menos soluções prontas de fornecedores, como hardware whitebox (Open Compute Project) e investir em soluções de software open source “vanilla”.
Vantagens: Independência de fornecedores, maior flexibilidade da sua infraestrutura para atender requisito de negócio
Desvantagens: Necessidade de criação e manutenção de um time técnico grande e altamente especializado. Problemas inerentes ao desenvolvimento de novas soluções, como uma maior instabilidade.
O outro caminho como podem imaginar, significa adotar soluções prontas, preferencialmente envolvendo o menor número possível de fornecedores. A solução torna-se simples e fácil de ser implementada, gerenciada e suportada. A empresa pode ter uma equipe de TI enxuta e manter a eficiência operacional. Mas a escolha de uma solução ruim ou a escolha do fabricante errado pode trazer consequências, como aumento elevado de custos e rigidez para utilizar novas tecnologias que tragam benefícios aos negócios.
Felizmente essa não é uma questão de “OU” (o caminho A OU B). É mais uma questão de qual lado começar a botar mais peso.
Felizmente essa não é uma questão de “OU” (o caminho A OU B). É mais uma questão de qual lado começar a botar mais peso.
Mas em qual lado colocar mais peso? Alguns Para isso é preciso fazer uma análise da infraestrutura e soluções, determinar a maturidade do mercado, grau de dependência a abstração dos componentes e até mesmo a estratégia de cada CIO e sua visão para sua área de TI.
Vamos exercitar rapidamente alguns exemplos:
E a lista vai longe, como banco de dados (Exadata), e em níveis diferentes como uso de soluções open source "produtizadas", como Cloudera & Hortonworks para big data/hadoop.
Não existe um caminho óbvio. Para cada componente e para cada empresa a resposta pode ser diferente e pelo menos por enquanto o mercado não mostra uma tendência maior para nenhum lado.
Vamos exercitar rapidamente alguns exemplos:
- Servidores: Dificilmente justifica-se construir o seu próprio servidor. É um componente aonde a abstração de camada de virtualização torna mais fácil a substituição de componentes. As empresas e as pessoas já estão acostumadas a gerenciar estes componentes.
- Storage: Está no meio do caminho. Algumas arquiteturas já permitem uso de hardware commodity + software para que as empresas montem seu próprio storage. (Ceph, VSAN, ScaleIO e ECS por exemplo). Mais em muitos casos as empresas ainda não estão prontas para terem que gerenciar por conta própria múltiplas camadas e fornecedores (hardware e software) para manter o storage funcionando.
- Soluções de IaaS e PaaS, surgiram com as empresas tentando montar suas próprias soluções (usando componentes dos mais diversos fabricantes (servidor, rede, storage, orquestrador, element managers, portal, automatizador, etc) e o que a maioria das empresas está descobrindo é que quanto mais partes, mais difícil é o “Faça você mesmo” (como eu comentei um pouco AQUI). Por isso estão surgindo soluções, como o EHC, que é uma “Cloud in a Box”, justamente para tentar entregar os benefícios de uma nuvem, de uma forma simples e rápida.
E a lista vai longe, como banco de dados (Exadata), e em níveis diferentes como uso de soluções open source "produtizadas", como Cloudera & Hortonworks para big data/hadoop.
Não existe um caminho óbvio. Para cada componente e para cada empresa a resposta pode ser diferente e pelo menos por enquanto o mercado não mostra uma tendência maior para nenhum lado.
Como sempre tento fazer posts curtos (a regra é que dê para ler em 10 minutos), mas é claro que com isso não dá para abordar todos os aspectos de um tema. Quer acrescentar algo? Descorda de algo? Comentários são *sempre* bem-vindos!
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